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CIDADE REALIZA 100 CIRURGIAS DE CASTRAÇÃO E PROGRAMA OUTRAS DUAS ETAPAS
- Esterilização gratuita de cães e gatos da cidade ainda terá mais duas etapas, entre setembro e outubro -
As secretarias de Saúde e de Meio Ambiente da Prefeitura de Rifaina anunciaram o relatório das primeiras fases de castração de animais neste ano, com o cumprimento da meta inicial de 100 esterilizações.
Desde o inicio do programa de castração, foram realizadas aproximadamente 500 cirurgias. Há previsão de mais duas datas para completar a cota anual de 150 animais, o que deve ocorrer entre os meses de setembro e outubro.
Desenvolvido pelas médicas veterinárias Roberta Carvalho Silva Tasso e Aline Iraci Ronca Bolelli, a Prefeitura de Rifaina, através de sua Secretaria do Meio Ambiente e Saúde realiza o projeto de castração de animais denominado “Cão Amigo Fiel”.
O programa tem por objetivo diminuir a população de animais errantes nas ruas de Rifaina, e também diminuir a probabilidade de doenças e o risco de transmissão de Zoonoses.
O alto índice de animais abandonados e em condições precárias pelas ruas da cidade é um problema de Saúde Pública e de Meio Ambiente.
O alvo referência são os animais de rua, cachorras e gatas entrando no cio. Após a esterilização, as prioridades se voltam aos animais domesticados
O programa pretende esterilizar o maior número possível de animais e sua identificação, no sentido de permitir a cobrança de posse responsável, bem como de campanha de conscientização sobre os problemas decorrentes do crescimento desregrado da população animal na cidade (hoje a estimativa é de 10% da população humana).
O que é
A castração consiste em uma cirurgia feita em cães e gatos, fêmeas e machos, para impedir que se reproduzam sem controle. Para cada bebê que nasce15 cães e 45 gatos também podem nascer.
Em seis anos, uma cadela e seus descendentes podem gerar 64 mil filhotes! No caso das gatas esse número é ainda maior. Isso explica o grave problema da superpopulação desses animais, com a morte de milhares deles. Isso pode ser evitado por meio da informação.
A castração consiste na retirada do útero, trompas e ovários, no caso das fêmeas. Nos machos, na retirada dos testículos. A cirurgia, feita com anestesia geral, é simples, mas deve ser executada apenas por veterinários devidamente habilitados.
Em torno de uma semana o animal estará totalmente recuperado. A castração pode ser feita a partir dos dois meses de idade. Para as fêmeas é recomendado castrar antes do primeiro cio.
O animal doméstico castrado não apresenta comportamentos reprodutivos tais como fugir de casa, latidos ou miados altos durante o cio, brigas, demarcação de território com urina, etc. É uma garantia de segurança para o animal, que embora continue adequado inclusive para guarda de residências, torna-se mais equilibrado e emocionalmente estável.
Na preparação, cada animal é pesado e recebe a medicação pré-anestésica, que consiste em tranqüilizante. O protocolo pode sofrer alteração em casos que o paciente apresente restrição ao uso de alguma dessas drogas.
Depois, depois de 15 a 20 minutos, é realizada a tricotomia e uma pré-assepsia da região a ser incisada. Já na sala de cirurgia o animal tem a veia canulada e é aplicado o anestésico de indução, logo após é entubado e submetido à anestesia inalatória para manutenção.
A sala de cirurgia onde os procedimentos são realizados é equipada com aparelho portátil de anestesia inalatória; dois cilindros de oxigênio; Sondas endotraqueais; Laringoscópio; Bisturi eletrônico; Oxímetro de pulso; Foco de luz; Suporte para fluidoterapia; Tatuador para codificação dos animais; jogos de materiais cirúrgicos e mesa acessória para apoiar os materiais cirúrgicos.
Após assepsia é iniciado o procedimento cirúrgico que nos machos consiste na retirada dos testículos (orquiectomia) e nas fêmeas é utilizada a Técnica Minimamente Invasiva, também conhecida como Técnica do Gancho, onde é feita a retirada completa do útero e dos ovários (histerectomia total).
Imediatamente após a cirurgia o animal recebe a tatuagem ainda anestesiado. Todos os materiais cirúrgicos são devidamente esterilizados após cada procedimento. A equipe também tem à disposição as medicações necessárias para uma eventual emergência, incluindo bolsa para transfusão.
No pós-cirúrgico imediato o animal permanece na sala de cirurgia deitado sobre colchão térmico ou forro protetor até retornar da anestesia, o que acontece rapidamente devido à fácil metabolização dos anestésicos utilizados. Após esse período o animal fica sob os cuidados de um auxiliar.
Nesta fase o animal receberá antibióticos, antiinflamatório e antiemético. É feito um curativo no local da incisão. Após o total restabelecimento que dura em média cinco dias, o animal é encaminhado para a liberação.